História da Nefrologia
A Sociedade de Nefrologia do Estado do Rio de Janeiro (SONERJ) foi fundada em 1971, 11 anos depois das Sociedades Internacional e Brasileira de Nefrologia, ambas em 1960.
Antes mesmo da fundação da SONERJ, o Rio de Janeiro já tinha sediado o 1º Congresso Brasileiro de Nefrologia (SBN), em 1962, tendo como Presidente o Prof. Jayme Landamnn. Este evento foi realizado na Academia Nacional de Medicina e, nos dois anos depois, no Hospital dos Servidores do Estado, foi realizado o primeiro transplante renal do Brasil.
O primeiro presidente da SONERJ foi Mario Luiz Catão com mandato de 2 anos seguido de nova eleição. Até hoje, foram 25 Presidentes que fizeram e continuam fazendo uma história de luta e desenvolvimento da Nefrologia no Estado do Rio de Janeiro.
O estado ainda sediou mais 3 Congressos Brasileiros, respectivamente em 1978 (Presidente – José Augusto Aguiar), 1992
( José Roberto Coelho da Rocha) e 2018 ( Jocemir Ronaldo Lugon).
Além desses congressos nacionais, o Rio sediou o 2º Congresso Latino Americano de Insuficiência Renal Aguda em 2000 (Mauricio Younes Ibrahim) e o Congresso Mundial de Nefrologia em 2007 (Nestor Schor), quando nossa Sociedade Regional era presidida pelo colega de Campos dos Goytacazes, Valdebrando Mendonça Lemos.
Nesses 60 anos de vida da SBN, houve um aumento exponencial dos centros de ensino da Nefrologia com formação de centenas de profissionais – médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais – que passaram a disseminar o conhecimento aprendido e a trabalhar no ensino, consultórios e em clínicas de diálise que se expandiram além dos muros dos hospitais públicos para dezenas de centros espalhados pelo Brasil.
A formação de mestres e de doutores, nos cursos de pós- graduação, manteve o ensino atualizado e a certeza da melhor prática médica.
Acompanhamos a modernização progressiva das máquinas de diálise, dos acessos vasculares, tratamento de água, do uso das vacinas e o uso de drogas para tratar anemia, doença óssea e hipertensão, que possibilitaram o aumento da sobrevida dos pacientes renais.
O surgimento da Nefrologia pediátrica e o crescimento paralelo da diálise peritoneal e do transplante renal fizeram da Nefrologia uma especialidade atraente a um número expressivo de estudantes de Medicina e de Enfermagem.
Há alguns anos, a Nefrologia intervencionista foi incorporada ao dia a dia do nefrologista com colocação de cateteres venosos e peritoneais e a realização de biópsias renais com a orientação da ultrassonografia. Esses procedimentos foram de vital importância
para a especialidade em questão.
Paralelamente, as Sociedades de Nefrologia têm lutado pela justa remuneração desses procedimentos e pela defesa profissional dos seus associados.
Nos últimos anos, quando se constatou que a doença renal crônica passou a ser considerada uma epidemia , as campanhas de prevenção e de diagnóstico precoce têm se tornado uma constante. No Dia Mundial do Rim, milhares de profissionais se reúnem com o objetivo de chamar atenção para a importância da prevenção. A SONERJ tem participado ativamente, inclusive com a mundialmente conhecida iluminação do Cristo Redentor.
Finalizamos, cientes de que nesse momento tão delicado da Saúde Pública Mundial, a Nefrologia tem se tornado primordial na manutenção da vida dos pacientes vítimas da COVID19 e tem colaborado para salvar milhares de vidas de pacientes com complicações renais ocasionadas por essa terrível doença.
Nosso último Congresso Brasileiro, em Outubro de 2020, já foi todo no formato on-line e essa ferramenta se tornou habitual na nossa comunicação.
O atual presidente da SONERJ, Pedro Tulio Rocha, o 25º da nossa história, congregou mais de 200 nefrologistas no grupo de whatsapp, Amigos da SONERJ, o que tem se mostrado extremante útil não só para as comunicações pessoais relevantes, assim como para estratégias de congregação entre os sócios.
As sessões da SONERJ serão realizadas mensalmente e servirão para a troca científica tão relevante e necessária entre nós.
Edison Souza (Edison da Creatinina – UERJ)